domingo, 3 de junho de 2012

Produção de texto narrativo a partir de observação de imagem

NUM ÚLTIMO DIA DE OUTONO

          Em uma época bem distante, quando os campos eram mais floridos, onde dava para se escutar ao longe o canto dos mais belos pássaros, vivia um pobre e humilde homem chamado Thomás, que era completamente apaixonado pela filha de seu patrão.  Não era uma paixão qualquer, era um sentimento capaz de mover montanhas, de fazer do impossível, possível.
          Sofia era meiga, doce e, por ser fillha de um homem tão importante, tinha seus desejos limitados e uma dessas limitações era não poder escolher a quem entregaria seu coração.
          Sem saber que Sofia retribuía todo o amor que Thomás lhe oferecia, Otávio mandou que um de ses capatazes tivessem uma "conversinha" com ele, pois lhe chegara aos ouvidos que um pobre infeliz plebeu estava apaixonado por sua filha. Os capatazes atrás de Thomás foram, porém não o encontraram, mandaram-lhe então um recado por Enzo, um amigo de Thomas. Seu amigo logo lhe deu o recado de que Otávio estava a sua espera.
          Já sabendo de que se tratava o assunto, o pobre plebeu tratou logo de avisar sua amada de que o romance de ambos fora descoberto e que ele deveria sair da cidade o mais rápido possível. Ela não concordou e tentando impedi-lo de partir, propôs que deixassem os domínios de seu pai juntos.
          Sem pestanejar, Thomás aceitou sua proposta e os dois partiram a cavalo para longe dali.
          Sabendo de que sua filha ajudara na fuga, ordenou a seus homens que os encontrassem e os matassem. " O que Sofia fez foi  uma grande traição", alegou ele. Os homens de Otávio os encontraram e no mesmo lugar onde os campos eram mais floridos e cantava o pássaro mais belo, os dois foram brutalmente assassinados, sem nenhuma chance de defesa.  Os assassinos os deixaram ao pé de uma roseira, onde Sofia e Thomás tinha tido o primeiro beijo.
          No último suspiro, Sofia, doce, meiga e carinhosa como era, sussurrou aos ouvidos do amado: "Se na vida não podemos nos amar, talvez a morte nos proporcione tal proeza", e os dois se beijaram. Um beijo terno, quente e com o gosto da morte.   
          E morreram os dois abraçados num  último dia de Outono...


Rebecca - 1ª série A - Ensino Médio - 2012

O RELOJOEIRO

 


 
              Na década de oitenta, em um pequeno bairro de Paris, havia um relojoeiro, um homem que perdera a sua mulher aproximadamente cinco meses antes. Sua vida estava começando a voltar ao normal quando em uma manhã fria, enquanto abria sua relojoaria, uma mulher o esperava. Parecia que ela o havia seguido. Curioso, foi ao seu encontro e disse:
              - Posso ajudá-la?
              - Claro, como devo chamá-lo, monsieur?
              - John, no que posso servi-la?
              - Meu nome é Helena, acabei de chegar de uma viagem a Londres e estou interessada em um novo relógio, pois o meu acabou de se quebrar.
              John logo mostrou suas melhores peças para a senhora, ela os observava com muita atenção, até que um dos relógios lhe interessou. Era o mais belo, tinha diamantes e era todo em ouro.
             - Este é importado?
             - Sim, é um dos melhores!
             - Interessei-me por ele, voltarei hoje à noite. Às oito!
             - Trabalho até às seis, mas esperarei por você.
             - Até mais, monsieur John.
             - Até logo.
             As horas se passaram, o comerciante já estava cansado de esperar, mas continuou firme, pois precisava de dinheiro. A loja não tinha tido muito movimento desde que sua esposa falecera. John já não tinha mais vigor para o trabalho. O sino das oito começou a bater, na terceira badalada duas pessoas entraram na loja: Helena e um outro homem.
              - Monsieur John, sou eu, Helena.
              John saiu do quartinho onde consertava relógios, viu um homem alto de um olhar maldoso.
              - Vou ficar com o relógio.
              - Claro, a madame gostaria na cor prata ou dourada?
              - Quero as duas cores! - Helena sorriu e fez um sinal.
              Logo que John entregou as duas caixas para a mulher, o homem que a acompanhava golpeou-o e o deixou paralizado. Enquanto o pobre viúvo tentava se recuperar e levantar-se, Helena colocou jóias e os relógios na bolsa e seu companheiro disparou dois tiros. John caiu novamente. Agora morto. Helena dava gargalhadas quando de repente sente dois tiros na cabeça...
              O homem de olhar maldoso, sem olhar para trás, rapidamente fugiu, levando tudo.
Nathália C. de Oliveira - 1ª série A - Ensino Médio - 2012


 
A TRAGÉDIA DO CONSELHEIRO

           Débora morava em Los Angeles, estava casada com Roberto há cinco anos quando resolveram mudar de cidade porque os problemas financeiros estavam graves e precisavam conseguir um emprego fixo.
          Mudaram-seentão para a cidade vizinha, onde Roberto conseguiu um emprego registrado, que lhes proporcionava melhor renda. Passaram-se alguns meses, Débora engravidou e teve uma filha a quem deram o nome de Sofia. A menina foi crescendo e com o passar do tempo foi se tornando uma garota rebelde.
          Sofia fora uma criança muito mimada e, já na adolescência começou a dar trabalho para os pais, que não estavam nada contentes com o comportamento da filha.
          Resolveram então pedir ajuda a um senhor da cidade, bem conhecido na vizinhança por sua simpatia, experiência de vida e o modo como lidava com os problemas das pessoas. 
          O casal foi até essa pessoa pedir socorro. Vendo o desespero do casal, pediu para que se acalmassem e contar o que estava acontecendo. Ao ouvir a história, não ficou chocado, pois conhecia casos muito priores.
          Ele então deu conselhos raros ao casal e disse o que deviam fazer. Débora ouviu direitinho as explicações e colocou em prática o que ele dissera. 
          Passaram-se algums dias e já se via algum resultado. A menina estava mais educada, alegre, diferente daquela adolescente mimada e insatisfeita de antes. O casal feliz foi agradecer o bom homem. Ficaram tristemente surpresos ao saber que ele havia falecido três semanas antes.
          Desde então, levam flores todos os anos para ele em agradeciemnto pela feliz mudança que fizera na vida de sua família.

Gabriela M. Alves - 1ª série A - Ensino Médio - 2012
  

         
         


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