quarta-feira, 28 de julho de 2010

LEITURA: A ARTE DO IMAGINAR


Os textos a seguir foram produzidos por alunos de nossa escola em 2002.
Esses textos foram selecionados para publicação em nosso livrinho de redações publicado naquele ano sob o título:

LEITURA: A ARTE DO IMAGINAR

A partir de 1998 até o ano de 2008 foram 10 publicações ao todo, uma a cada ano.
O tema desenvolvido nos textos a seguir foi trabalhado a partir do poema de Murilo Mendes:
Os dois lados.


OS DOIS LADOS

Do meu lado visível
tem a esperança
tem minha família me esperando para o almoço
tem as pessoas me olhando na rua sem preconceito
tem o caminho da felicidade.

Do outro lado tem o medo do futuro
tem o medo de quando o telefone toca de madrugada
tem o medo do próprio ser nas horas tensas
tem o medo da única certeza da vida: a morte.

João Paulo Forte Filho - Ensino Médio - 2ª série - 2002


LADOS OPOSTOS

De um lado tenho um baú.
Onde guardo todas as desavenças.
Onde guardo todos os amores passados.
Onde guardo todas as tristezas
Onde guardo toda minha raiva.
E este lado é muito grande.
Pois vive todo meu passado.
De outro lado tenho uma caixinha.
Onde guardo as alegrias evidentes.
Onde guardo o amor ardente.
Onde guardo as tristezas latentes.
E este lado é muito pequeno.
Pois não vive o passado.
Muito menos o futuro.
Vive apenas o presente.

Thiago Fernando Devares -Ensino Médio - 2ª série - 2002

MINHAS DUAS FACES
Nesta face
Tenho a escola me esperando logo cedo.
Tenho os professores nervosos com a bagunça.
Tenho deveres a serem feitos.
Tenho meus pais me cobrando.
Tenho um irmão me atormentando.

Na outra face, há os sonhos.
A viagem a uma bela praia.
O encontro com meu ídolo.
A conversa com os amigos ao anoitecer.
Há uma vida tão perfeita.
Que quem sabe um dia...
Irá acontecer?

Débora Freitas de Souza - Ensino Médio - 2ª série - 2002


ANTES DE DEPOIS

Antes a calmaria, depois a nau afunda.
Antes a alegria, depois só rios de pranto.
Antes havia ela que eu amara tanto,
Depois não haverá por que estar no mundo.
Antes era tímido, depois rasgarei véus.
Antes tinha Deus, depois serei ateu.
Antes havia ela, que a vida me concedeu,
Depois só a verei nas alamedas do céu.

Antes eu era sólido.
Depois serei uma nuvem,
Que com o vento se acaba.
E terminando todo meu medo.
Resumirei esta bobagem:
Antes eu era tudo, depois não serei nada.

Marcos A. Minari - Ensino Médio - 2ª série - 2002

terça-feira, 8 de junho de 2010

Interior na praia

Professora Rosânia, da Escola Capitão Narciso, reserva, organiza, luta, consegue patrocínio, desdobra-se em mil e leva alunos do Ensino Fundamental para a Casa da Vovó Anita, em Santos, participando pela segunda vez do Programa Interior na Praia.

Leiam os textos que os alunos produziram contando como sentiram essa experiência:

OS PRIMEIROS DIAS
A melhor coisa que me aconteceu foi ir à praia com meus colegas de classe e com professoras maravilhosas.
Lá na pensão da Vovó Anita foi uma verdadeira maravilha! Todas as pessoas uqe lá trabalhavam eram muito educadas, alegres e tudo de bom que vocês podem imaginar.
Quando a gente acordva, ia tomar café e depois ia para a praia. A gente se divertia tanto, tanto com a brisa suave no rosto, com o barulho das águas, com as enormes ondas.
Vimos também o museu de pesca, e o que mais me impressionou foi o esqueleto de uma baleia.
O aquário... nossa, que delícia! Tinha tubarões, arraias, tartarugas, pinguins e também peixinhos estranhos, mas muito lindos.
Que dias bons foram aqueles!!
Suélen
A VIAGEM À PRAIA DE SANTOS
Foi uma viagem inesquecível, pois foi a primeira vez que fui à praia.
Adorei muito a viagem. A primeira vez vi o mar, amei a Casa da Vovó Anita, a sala de brinquedos, Shopping Center, o teatro do SESC, o Museu de Pesca, a feirinha o Aquário...
Adorei também os navios e o iate, adorei o parquinho e adorei a Cidade de Santos.
No mar me sentia sonhando. Amei muito aquela areia nos meus pés, as ondas do mar em mim. Amei muito essa viagem para a praia de Santos.
Wandrei Rafael Santiago
MINHA PRIMEIRA VEZ NA PRAIA
Minha primeira vez na praia foi maravilhoso! Nós fomos ao Shopping Center, ao Museu de Pesca, ao teatro. Tudo foi lindo, lindo, lindo. Foi tudo.
A professora rosânia levou a gente para jantar fora, nós brincamos, tiramos fotos, andamos no mar à noite, etc.
Nunca mais vou esquecer minha primeira vez na praia.
Luciana
A VIAGEM CULTURAL À PRAIA
Quando você vê aquele mar cheio de água que não acaba mais é uma sensação inesquecível. Quando você entra e sente a água bater em você é uma coisa mais que mais.
Eu gostaria de voltar lá outras vezes, de sentir aquela água salgada emminha boca.
Nós saímos, fomos ao Shopping, ao teatro no Sesc, no Museu de Pesca, no Aquário. E o mais legal foi quando fomos no parquinho e ainda tudo foi de graça. A professora Rosânia arranjou tudo isso com carinho.
Rayane - 6ª sére B - 2009
A PRAIA DE SANTOS
Nessa viagem apreciei o mar que nunca tinha visto, admirei a beleza da água, a areia molhada. Foi incrível passar uma semana em frente à praia, numa pousada belíssima, maravilhosa.
Gostei tanto que queria morar lá, brincar no parque descalça. Na praia me sentia no céu, com um policial e três professoras me sentia segura.
Que esta viagem seja uma das dez que eu sonhava. Nunca vou me esquecer dessa viagem.
Talita Cristina Rodrigues Libório

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Parafraseando Gonçalves Dias

CANÇÃO DE DESCANSO


Nos Thermas tem coqueiro
onde dá pra descansar
As araras que lá gritam
na minha casa não vão gritar

Lá tem piscinas
onde dá para nadar
E tem os apaixonados
que se arriscam a namorar

Juiz, não permita que a água esfrie
senão não iremos nadar
e tudo vai se desligar

Não encontro em outro lugar
os coqueiros que lá tem
onde dá pra descansar.

Rodrigo Gonçalves de Jesus
1ª série A - Ensino Médio - 2009


MINHA TERRA, MEU AMOR


Minha casa tem mangueira
Onde canta o tico-tico
As aves que aqui cantam
Não cantam contigo.

Nosso céu ensolarado,
Nossa terra nasce flores,
Nossa mangueira carregada,
Nossa vida cheia de amores.

Espero não partir tão cedo,
Sem que antes veja meu amor.
Não permita que você encontre a morte,
Senão morrerei de dor.

Jéssica Miranda e Taís Santos Souza
1ª série A - Ensino Médio - 2009


CANÇÃO DA SAUDADE



Moro em uma cidade
Bem diferente da que eu nasci
Só existe saudade
Que a vida proporciona aqui.

Lá a vida é amis contagiante
Existe amor e felicidade
O sol é mais brilhante
E a natureza é pura de verdade.

Aqui só enxergo solidão
As pessoas não tem esperança
Pois só querem a imensidão
E se esquecem do coração.

Não permita deus que eu não volte para lá
Pois morrerei de remorso
Por tem vindo para cá
E ter deixado o meu palácio.

Daiane do Nascimento Silva
1ª série A - Ensino Médio - 2009


CANÇÃO FOLCLÓRICA

Minha terra tem danças folclóricas
onde dançam sem parar.
As danças que aqui são elogiadas
nunca param de inventar.
As culturas são tantas
que sempre sabem prestigiar.

Nossas danças tem sempre o que mostar
Nossas danças tem mais belezas
Pois são passos folclóricos
que agitam a galera.

Nossas danças são sempre atração
Mulheres e crianças se agitam sem parar.
E já tratam logo de avisar
que o Festival do Folclore está chegando.

folclore de lá
Folclore de cá
Folclore sempre para alegrar.

Gabriela Letícia e Janaína Amaral
1ª série A - Ensino Médio - 2009



LEMBRANÇAS

A vida que eu vivi
ninguém viveu, só eu quem vi
pessoas que falam, criticam e fofocam
nao tem sorte, perdem o foco.

Nas cidades por onde passei
nas cidades onde viverei
A cidade em que vivo é impossível de esquecer
pois em lugar nenhum encontrarei o que lá eu encontrei.

Não permita Deus que tudo acabe
Antes que tudo mude
Antes que tudo volte
Antes que o tempo me deixe esquecer.

No mundo há fases
Fases que nos trazem tristezas, alegrias
Fases que levam pessoas queridas
E nos deixam a marca da saudade.

Mirela Machado Buqui e Letícia de Paula Vasques
1ª série A - Ensino Médio - 2009

Tema: Parafraseando Carlos Drummond - Casas entre bananeiras




DIA-A-DIA



Casas entre prédios
Mulheres entre homens
O galo a cantar
E o sol a clarear

Os homens batendo bola
As mulheres nunca se cansam de trabalhar
O passarinho sempre a assoviar
E as crianças felizes a brincar

Mulheres aos poucos iniciam as fofocas
Mas nunca param de trabalhar.

Putz! Que vidinha abestolada!

Naisa Emily Albertino Ribeiro
1ª série B - Ensino Médio - 2009


VIDINHA QUALQUER

Louça para lavar
casa para arrumar

criança para cuidar
roupa para passar

cachorro para tratar
e nenhum minuto para descansar...

Nossa, que vidinha
sem nenhum minuto para relaxar!


Brenda Carolina e Jefferson Alexandre
1ª série B - Ensino Médio - 2009



MINHA CIDADE


Mulher passa pela rua da cidade
todos passeiam pela movimentada rua
Muitas crianças gostam e se divertem

Os homens não se cansam de correr
As mulheres passeando pelas ruas
Meninas não se cansam de pular

Devagar as pessoas analisam
Analisam a natureza

Nossa, que cidade mais bonita!

Janaína Cristina Costa Pereira e Andressa P. Souza
1ª série B - Ensino Médio - 2009

Amor...


O amor é um sentimento puro do coração
Um sentimento puro sem explicação
Quando amamos ficamos cegos
A tal ponto que nos deixamos levar pela emoção
Amar é bom quando a pessoa amada
Compartilha da mesma emoção
Amar, amar, amar...
A melhor
coisa
da
vida!

Aline de Azevedo, Taiuane B da Silva
2ª série A - Ensino Médio - 2009

Marcas de um amor




Amor que invade o peito
Como uma tempestade de verão
Sufocando os outros sentimentos
Que sem ar morrem,
Morrem numa doce ilusão.

Mas do mesmo jeito que chega
Se vai...
Mais ainda na companhia de uma tormenta,
Que agora não mais sufoca
Mas tira a vida.

Mas com o tempo passa
E dá lugar a brisa
Que nos invade lentamente
Fazendo-nos pensar
Fazendo-nos lembrar
Fazendo-nos sentir falta
Ou simplesmente
Fazendo-nos Amar.

Bianca Zelli, Jéssica Zanata e Maira Papani
2ª série A – Ensino Médio - 2009

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Tema: O amor tem fronteiras?

A IMPERFEIÇÃO DO AMOR


A raça humana é inegavelmente imperfeita, limitada e, exatamente por essa razão, somos colocados diante de regras e limites. Isso exige um grande senso ético e convicção.



A vida depois de um tempo vivida assim, dentro de limites, perde a graça, perde sua essência. E para não viver nessa monotonia, tentamos burlar essas fontreiras visíveis e invisíveis, mas somos surpreendidos por razões maiores que nos fazem pensar que vale a pena quebrar limites e conviver com as consequências.



Tudo isso só mostra o quanto é desagradável se expressar, ir além do proposto. É quando nos perguntamos: qual é o sentido da vida? A resposta para alguns é garantida; para outros, desconhecida. No entando só há uma certeza: para amar. Amor de pai, amor de mãe, amor de irmão, amor até de estranhos. Amar...


O único sentimento digno de todas as loucuras, todas as brigas, mortes, destruição, riqueza, qualquer e todo tipo de liberdadeé o Amor. O amor pelo qual perdoamos, desculpamos, morremos, perdemo-nos, entregamo-nos de olhos fechados, quebrando até mesmo as fronteiras feitas por nós mesmos. Somos impulsionados, requisitados e totalmente dependentes do amor, mesmo quando a ausência dele é que nos move, que nos faz querer desafiar todas as fornteiras e chegar mesmo que apenas um pouco perto da perfeição.



Patrícia de Carvalho Silva
3ª série A – Ensino Médio - 2010






NADA É SUFICIENTE PARA ACABAR COM UM VERDADEIRO AMOR


Amor. Uma palavra tão inocente que deixa a gente tão inconsciente, tão fora de si. Apaixonados, poderíamos dizer, a fim de ter a pessoa por perto sempre, sentir falta até mesmo queando acabamos de ver, sentir falta do cheiro, pensar em cada detalhe do rosto imaginando seu olhar em cada lugar, querer sempre essa pessoa ao seu lado.


Bom mesmo é amar, se entregar sem medo. Quando o amor é verdadeiro e correspondido, nada e nem ninguém é suficiente para separar, não existe ciúme suficiente, não existe implicância, porque nem mesmo o tempo é capaz de destruir o que existe entre os amantes.


Fronteira, palavra que separa um país de outro, que dificulta a vida. Dificulta apenas quando nao se tem amor para continuar lutando e nunca desistir diante de qualquer barreira que possa aparecer.


Nenhuma fronteira pode destruir um grande amor. Principalmente quando ambos são capazes de ir além da morte para ficarem juntos. Quando um perde o outro e só consegue viver sem a presença dele porque lembra dessa pessoa como se ela nunca tivesse partido, estão sempre na memória os melhores momentos juntos. Ou seja, o amor que existia entre eles continua no coração de quem ficou, mesmo que o tempo seja capaz de fazer essa pessoa gostar de outra, mas jamais esquecer a que se foi.
Quando se tem amor nada mais importa, a não ser o que se sente dentro do coração, o resto perde o sentido, o que mais tem valor é o sentimento. Nada é mais importante, sem ele parece que até mesmo a vida perde a razão, nem mesmo a maior fronteira de todas é suficiente para acabar com esse sentimento.
Quando se tem AMOR, definitivamente, a palavra FRONTEIRA perde o sentido, é deixada de lado, esquecida.




Bianca Zelli
3ª série A – Ensino Médio - 2010




O AMOR TEM FRONTEIRAS?


Acreditar que um amor existe só acontece quando você passa a senti-lo. Antes disso, temos apenas uma noção básica e bem vaga do que é sentir algo estranhamente inexplicável.

Sentimentos incríveis acontecem conosco. O amor é tão grande que chega a mudar as pessoas. A sensação acaba sendo tão emocionante que o que está amando acaba sendo chamado de “bobo alegre”.

Quando nos apaixonamos é o começo de um lindo amor, tudo fica maravilhoso perto de nós. Pensar em ficar longe da pessoa amada? Nunca. Pois esse sentimento acaba indo além das fronteiras.

Encontrar obstáculos é normal em qualquer relacionamento, mas se a pessoa ama a outra mais que tudo, todos esses obstáculos ficam pequenos perto desse grande e incrível amor.


Juliana Aparecida de Oliveira
3ª série A – Ensino Médio -2010